sábado, 9 de fevereiro de 2008

O MENDIGO - Soneto

O MENDIGO

Triste!...a mendigar pela calçada
Uma moeda, um taco vil de pão,
Estende ao povo, ainda calejada,
O pobre homem a sua trêmula mão!

Sente dilacerar-lhe o coração!
Tem por futuro a morte e mais nada.
Enfrenta o rude frio da madrugada
E o cáustico sol dos dias de verão!

A sua vida é humilhação e pranto!...
Curva-se, hoje, mendigando em alarde
Aquilo que, ontem, produzira tanto!

E a sociedade, injusta e sofismada,
Tenta, embalde, pagar com caridade
Toda justiça que lhe foi negada!!!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

MENSAGEM IMPORTANTE

Recebi a seguinte mensagem:

VC MANDOU O SEU TRABALHO CORDEL ECOLOGICO E HOJE A MINISTRA DO MEIO AMBIENTE, MARINA SILVA TOMOU CONHECIMENTO, LHE ELOGIOU MUITO......PARABÉNS, É MUITO BOM MESMO O SEU TRABALHO. MÔNICA GUEDES

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O CORDEL DO ALIENISTA

Prezado Leitores,

Estamos no "ANO DE MACHADO DE ASSIS". Muitas comemorações teremos no decorrer do ano. Dos mais simples educandários às mais sofisticadas instituições literárias do país, todos eles, estarão voltando as suas atenções ao maior escritor brasileiro de todos os tempos; a um escritor considerado no exterior como sendo um dos cem maiores do mundo.

Assim como um Santos Dumont na aviação, Machado de Assis foi um gênio na literatura. E não existe no nosso país um só grande cultor das letras que não tenha passado pelos seus escritos. O seu estilo, a sua gramática, o seu emprego vocabular, influenciaram milhares de bons escribas.

Eu, como economista, modesto romancista e poeta, particularmente, cordelista, pensando em comemorar, achei por bem compor “O CORDEL DO ALIENISTA”. Baseado no maior conto brasileiro escrito por Machado de Assis, é um cordel composto por 300 estrofes que retrata o aspecto político da sua obra. Sim, porque “O Alienista” não é só humor, mas, sobretudo, uma lição de vida, uma análise do comportamento humano e uma crítica à incoerência política. E se compararmos aos tempos de hoje, atualizadíssima.

A seguir alguns trechos do meu trabalho, “O Cordel do Alienista”, que deverá sair até o final de março.

Bom proveito,

Medeiros Braga

“No conto “O Alienista”
É posto sobre o varal
As críticas fundamentadas
Na mazela social,
Levantando um tema sério
De caráter universal.

O protagonista que é
Dr. Simão Bacamarte
Mostra o autoritarismo,
O seu poder baluarte
De decidir sobre a sorte
Dos outros por toda parte.

Em Itaguaí, região
Lá do Rio de Janeiro
Esse fato imaginado,
Que pode ser verdadeiro,
Foi posto à luz por Machado
De Assis com seu facheiro.

Tendo a ciência o saber
De distinguir os enganos
Pôde Simão Bacamarte
Captar atos insanos,
Impulsos contraditórios
Que há nos seres humanos

Sem se ater à cultura
De uma gente em polvorosa
Em nome de uma ciência
Chegou a prender sem prosa
Amigos, autoridades,
Inclusive, a sua esposa.

Foi a esposa internada
Por conta da vaidade,
Foi o caso analisado,
Posta, após, em liberdade,
Pois, afinal, quem não tem
Em tal grau essa vontade?”

Depois sentindo o exagero
Que havia na internação
Com já oitenta por cento
De toda população,
Pôde rever da ciência
Sua conceituação.

Se quase todos os homens
Tinham a mesma mania,
Os defeitos e virtudes
Variando em feitoria
Pôs-se a ver como normais,
Dando a todos anistia.

Certamente, ele chegou
A mais clara conclusão:
Se tomo todos por loucos
E ponho numa prisão
Quem com sua habilidade
Vai cuidar da produção?

Foi ai que ele inverteu
Os conceitos da razão
Deitou de lado a ciência,
Dando uma nova versão:
Quem é são passa a ser louco
E o louco agora é são.
...............................................

Doutor Simão Bacamarte
Ante a triste contingência
De não ter filhos saudáveis
Que sonhara com freqüência
Decidiu aprofundar-se
Nos estudos da ciência.

Foi daí que decidiu
Para matar sua sede
De saber sobre a loucura,
A razão, e toda rede,
Em construir para os loucos
A famosa “Casa Verde”.

O fato se deu em mil
Setecentos e sessenta,
Quando os loucos eram presos
Na forma mais violenta
Com correntes pelos pés
Ou alcova truculenta.

Eram os loucos excluídos,
Os deserdados da sorte,
Da família, dos políticos
De ambição muito forte,
Ficando o louco a sofrer
Até que viesse a morte.

Dr. Simão Bacamarte
Tão tomado de utopia
Preparou um bom projeto
E remeteu com euforia
Aos edis de Itaguaí
Buscando sua parceria.
......................................
Choveu louco nesse dia
Qual chuva de canivete,
Ficaram os quartos lotados
Tendo que mais trinta e sete
Construir pra botar louco
De norte, sul, leste, oeste.

Ao cabo de quatro meses
Era uma povoação,
À Casa Verde chegavam
Do mais distante torrão
Muitos loucos que passavam
Nas mãos de Dr. Simão.

Padre Lopes lá do alto
Dos seus bordados, falava
Que jamais imaginou
A loucura que encerrava,
Muito menos em Itaguaí
Que tanto louco abrigava.

Estando na Casa Verde
O que viu não pôde crer
Um rapaz acostumado
A seu discurso fazer,
Outro amante da peteca
Que dava gosto se ver.

Dr. Simão Bacamarte
Ao reverendo dizia:
É difícil acreditar
Tanta loucura e mania,
Mas, isso que está vendo
Vem se dando todo dia.

Havia loucos de amor,
De mania de grandeza
E aqueles retraídos
Que externavam fraqueza;
João de Deus que se tornou
Em deus João na redondeza.

Foi parar na casa verde
Vindo de longe, do Estado
De Goiás, um fazendeiro
Pelos filhos internado
Porque o pai, sem razão,
Dava de graça seu gado.

Também um tal de Garcia
Qu’estava sempre calado,
Porque se da boca dele
Um breve som fosse dado
As estrelas cairiam
Deixando o mundo abrasado.

Falou o alienista
Ao reverendo local,
Há aqui na Casa Verde
Todo um mundo especial
Onde reinam dois poderes:
Temporal e Espiritual.

Os hábitos de cada louco
Eram ali catalogados,
Seus costumes, profissão,
Tendência, palavreado,
Acidentes de infância.
Tudo sobre o seu passado.
..............................................
Conhecendo a profundeza
Da doença, todo dia,
A avalanche de loucos
Que aquela casa atendia,
Um fato extraordinário
Dr. Simão descobria.

A descoberta era que,
Pelo grande contingente,
Aquilo que ele pensava
Ser uma “ilha” somente,
Começava a suspeitar
Ser um enorme “continente”.

Um continente de loucos,
Era assim como ele via.
Qualquer pessoa na rua
Que tivesse uma mania
Dr. Simão Bacamarte
Para estudo recolhia.
..................................

O corajoso Porfírio
Foi preso a primeira vez
Por ele haver liderado,
Com bravura e altivez,
Um golpe que atingiria
O poder que faz as leis.

E agora vivendo em paz
Voltava a ser internado
Pelo mesmo Alienista
Por ter sido convidado
Pra liderar outro golpe
E ele haver recusado.

Por não ter participado,
Entendeu Dr. Simão
Que ele se achava em pleno
Equilíbrio da razão...
Como não era normal
Foi pedida a internação.

Porfírio, filosofava:
“Como é difícil de crer,
Detido por dois motivos,
Por fazer, por não fazer;
Fui preso por ter um cão
E agora por não o ter”.
..................................
Poliglota competente
Ele pôde trasladar
“O Corvo” de Allan Poe
Em tradução exemplar
E do grande Vitor Hugo
“Os Trabalhadores do Mar”.

Para grandes escritores
Estrangeiros, nacionais,
Ele está, de todos tempos,
Com registro nos anais
Entre os cem maiores gênios
Dos escribas mundiais.
.........................................
Praticou todos os gêneros
Literários, então, em vista,
Foi contista, dramaturgo,
Jornalista, romancista,
Também, crítico teatral
E bom poeta e cronista.
......................................
.....................................
TRECHOS DA SUA BIOGRAFIA:

Mil oitocentos e quatro
Quando um fato o abalou,
Carolina a eterna amada
Que na vida tanto amou,
Após longa caminhada
Não resistindo expirou.

Foi como arrear um teto
Na cabeça do abrigado,
Ou então para o marujo
Que vê seu barco afundado,
Como, também, ao vaqueiro
Ante o estouro do gado.

Todos passos de Machado
Carolina acompanhava,
Seus trabalhos literários
Corrigia e organizava...
Sendo tímido de criança
Na ascensão encorajava.

Como crítica literária,
Redatora de valor,
Conhecendo o português,
Fluentemente, de cor,
Ela foi imprescindível
Na vida do escritor.

Por isso que seus costumes
Resguardaria Machado,
Seus talheres sobre a mesa,
Seu retrato bem a lado,
Seu travesseiro na cama,
Sua cesta de bordado.

Foram trinta e cinco anos
De união mais genuína
Onde Machado de Assis
Pôde, por malgrada sina,
Tirar do peito a tristeza
Em soneto “À Carolina”.

Espero que gostem,

Medeiros Braga

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

IGUALDADE SEMPRE

IGUALDADE, SIM!
Temos uma mesma origem,
Seja por bíblia ou ciência,
O preto, o branco, amarelo
Têm uma só procedência,
E se não fosse era injusto
Negar a alguém a decência

O grande Joaquim Nabuco
Na trincheira em aclamação,
Sempre ao lado da justiça,
Defendia a abolição
Junto com reforma agrária
Para dar mais condição.

Salve sua boa intenção,
Porém, pra romper o abismo
Do preconceito que cresce
À luz do capitalismo
Só ocorrerá com a partilha
Que rege o socialismo.

A discriminação maior
Que há na sociedade
Vem da renda distribuída
Com grande desigualdade,
Criando assim poderosos
Que massacram a humanidade.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

RELAÇÃO DE CORDÉIS DE MEDEIROS BRAGA

Paulo Freire, Bertold Brecht, Anita Garibaldi, José Martí, Saramago, Castro Alves, Patativa do Assaré, Zumbi dos Palmares, Canudos, Caldeirão, Monteiro Lobato, Santos Dumont, Dom Helder Câmara, Casaldáliga, O Mito da Caverna, A Era do Feudalismo, A Origem da Riqueza, Capitalismo E Democracia, O Cordel em Cordel, A Grande Peleja, O Cordel da Ecologia, A Transposição, A Paz, Os Sem-Terra, O Cordel do Manifesto Comunista, O Assassinato de Leon Trotsky, Ariano Suassuna, O Alienista, entre outros. Tem vários trabalhos dirigidos aos pequenos produtores, entre eles “O Cordel da Apicultura”, “A Importância da Casa de Farinha” e “A Adubação Orgânica” e A Organização Comunitária.
Recentes: O Cordel na Reforma Agrária e A História da Independência-Em Cordel.

Medeiros Braga tem seus trabalhos publicados em dezenas de sites em vários países, bem como em livros didáticos de geografia e revistas de circulação nacional. Recentemente o vestibular da UEPB/2008 cita duas estrofes do cordel "A Era do Feudalismo" na sua 6ª questão. Várias editoras, atualmente, têm manifestado interesse de publicar as obras desse escritor paraibano que além dos trabalhos citados já publicou romance, economia política, regionalismo e poesia erudita.

NO VOY LUCHAR

NO VOY LUCHAR
Traduzido pela poeta
argentina Rosa Buk

Hoy yo no voy a luchar,
Discúlpenme.
Hoy yo voy
A levantarme,
mirar mi jardín,
Oír cantar
El sabiá
Muy cerca de mí.

No voy a luchar. Hoy
Yo voy a subir la montaña
Y allá en la cima
Voy a contemplar
Toda belleza
Que la naturaleza
Tiene para mostrar.
Voy a deleitarme
Con la brisa perfumada
Y voy a componer y declamar,
De apasionado,
Un bello poema
A la amada mía.
Y mañana saldré
Antes del sol.
Iré de peregrino,
Y no estaré sólo,
Con un morral
Lleno de ideas
del mundo
Que soñé
Siempre mejor.

Este poema, de minha autoria, se encontra no site
literário espanhol“poesiapura”
classificado como "leitura
recomendada.”

REFERÊNCIAS SOBRE TRABALHOS DE MEDEIROS BRAGA

Caro Medeiros Braga,

Fiquei encantado com essa sua magnífica obra literária e lhe dizer parabéns é muito pouco. Trata-se de um resgate valioso sobre o Cordel, essa arte popular que fascina a todos, desde o homem simples até grandes acadêmicos. É sempre um prazer ler suas publicações, todas de alto nível. Um grande abraço deste seu amigo e leitor. Benedito Generoso

Thelma linhares


Olá Medeiros Braga!

Gostaria de parabenizá-lo pelo folheto BREVE HISTÓRIA DO CORDEL! Uma pesquisa minuciosa sobre as origens, história e estilos dessa manifestação folclórica. Principalmente, usando a própria linguagem textual e poética para escrevê-lo. Grata por sua generosidade em citar-me entre os grandes estudiosos do folclore e da cultura popular, no seu escrito. Bons e novos trabalhos! Vi em sua biografia na CBJE, que você usa o cordel didaticamente, e essa é uma das belas funções do folheto, muitas vezes substimado.
Grata, uma vez mais. Thelma Regina

thelmalinhares


Foi o Luiz Carlos Martins, da cbje, quem me indicou seu trabalho publicado hoje, naquele site. Como tenho alguns trabalhos de pesquisa na literatura de cordel (e outros temas de folclore) fiquei feliz com a sua lembrança e quis logo me comunicar.

Grata, mais uma vez, Thelma Regina


Querido Medeiros,

Você é um fenómeno de produção, de luta e de amizade.
Muito obrigado por estes cordéis que acabo de receber e pela novela. Você está sendo uma voz do nosso povo, dos nossos heróis, das nossas esperanças.
Por se não o tem recebido, mando esse presentinho de Natal, em papel, em desenho e nuns versinhos singelos (em anexo).
seguiremos unidos nas lutas e na esperança do Reino de Deus que é o Reino dos pobres.
Um forte abraço na paz e na "insurreição no Campo",

Pedro Casaldáliga


Prezado Medeiros Braga,

O Ministério da Cultura, em parceria com a Subsecretaria Executiva de Cultura do Estado da Paraíba estará promovendo o I Encontro Nacional de Rappers e Repentistas no período de 26 a 28 de outubro de 2007, na cidade de Campina Grande. O Encontro pretende discutir as semelhanças e diferenças existentes entre a cultura hip hop e a cultura popular brasileira unindo num mesmo espaço durante três dias, rappers, dançarinos de rua, grafiteiros, repentistas, emboladores de coco, cordelistas e sobretudo estudiosos e pesquisadores das duas manifestações da nossa cultura para falar sobre o que ambas tem de igual e de diferente, além do potencial social e educativo de cada um desses segmentos como agente transformador da sociedade brasileira.
A organização sentir-se-á honrada em contar com a sua colaboração para este importante momento da cultura brasileira participando do Seminário: " O REPENTE DA CANTORIA E O REPENTE DO RAP: semelhanças, dessemelhanças e desafios", na qualidade de Debatedor. Esta mesa acontecerá no dia 27/10 as 14hs.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Medeiros Braga Narra Vida de Trotski em Cordel

Matéria publicada no Jornal O Norte

O poeta Medeiros Braga lançou no O Sebo Cultural o seu mais novo livro, intitulado "O Assassinato de Leon Trotsky". Trata-se, segundo o autor, de um trabalho em cordel, composto por 300 estrofes em sextilhas onde se destaca a vida e o assassinato do grande líder revolucionário russo, além de abordar a história das duas revoluções de 1905 e 1917, na Rússia. O cordel tem prefácio de Iedo Fontes, doutor em ciências políticas pela Universidade de Havana, e posfácio do professor Edgard Malagodi, escritor e doutor em Sociologia.
Medeiros Braga, paraibano de Nazarezinho, assegura que seu livro é de uma relevante contribuição no processo de divulgação da história. "A obra, além de tratar em detalhes da forma como se deu a morte de Trotsky, a sua função como jornalista, as suas confissões sentimentais, o seu trabalho literário e político, traz a debate a questão da revolução permanente, uma das suas polêmicas com Stalin, e a teoria do desenvolvimento desigual e combinado em processo, e conclui com uma avaliação da Rússia revolucionária de ontem e a Rússia reacionária de hoje", ressalta.
Medeiros Braga também é autor de romance e de um livro de economia política. Ele disse que o ano de 2007 foi muito fecundo na sua produção cultural. Além do trabalho sobre Trotsky, o autor escreveu mais de dez cordéis, uma biografia de Ariano Suassuna e, prevendo o Centenário de Morte de Machado de Assis, concluiu "O Cordel do Alienista", baseado no escritor fluminense e que traz, inclusive, a sua biografia.
Antes disso, a Editora Alfa-Omega já havia publicado o trabalho que ficou conhecido como "O Cordel do Manifesto Comunista". Participou de vários eventos nas condições de palestrante, como o I Encontro Brasileiro de Rap-Rep patrocinado pelo Ministério da Cultura (MinC), em convênio com a Secretaria de Educação do Estado da Paraíba.
Trechos de trabalhos de Medeiros Braga estão publicados em livros de geografia do ensino fundamental, em questionários de vestibular e até em sofisticadas revistas semanais, através dos seus jornalistas. Seus trabalhos estão expostos em dezenas de sites importantes a nível nacional e internacional. O autor tem recebido elogios pelos seus escritos de escritores e intelectuais renomados, a exemplo de Dom Pedro Casaldáliga, Arnaldo Saraiva, Rubênio Marcelo. Os seus cordéis vêm tendo uma aceitação surpreendente por parte dos leitores.
O autor lamenta, no entanto, o fato dos seus trabalhos se encontrarem em limites territoriais muito curtos, com exceção do "O Cordel do Manifesto Comunista", que é vendido para todo Brasil. Quanto ao livro sobre Leon Trotsky, Medeiros Braga acredita que terá uma boa aceitação. Que o leitor vai perceber que o seu conteúdo é relevante pelos fatos narrados e pela documentação fotográfica introduzida de forma muito inteligente pelo editor.